sábado, 7 de maio de 2011

Loira Platinada.

Lamina gelada, mãos quentes. Sangue nos lençóis, respiração ofegante.
A depressão é uma loira platinada. Seduz com seus lábios vermelhos, provoca com seus cigarros, usando vestidos curtos com as pernas cruzadas diz meu nome entre uma dose de whisky e outra. Descuidada, soberba e imponente tira nossas roupas e fica sobre nós. No sofá, cama, cozinha, chuveiro, bancos de carro, banheiros apertados de boates, becos escuros, quartos de motéis vagabundos. Prende minha cintura com suas coxas, coloca seus lábios entre minhas pernas. Marcas, cicatrizes que lembram momentos de êxtase. Foco de luz. Dor que traz alegria. Dor que leva ao orgasmo. Dor que me faz despejar meu liquido no seu corpo.
Minha loira platinada me visita cada vez com mais freqüência. As vezes dorme em minha cama, come minha comida, ocupa minha mente, mexe na minha bolsa. Vem e vai sem me dar o que quero. Quando vai leva seu sorriso no rosto e o meu no bolso, porque sabe que já estou ansiosa para o próximo encontro.
Quero um encontro definitivo com essa prostituta, quero que arranque meu seio esquerdo e leve meu coração. Cansada de mordidas e arranhões quero facadas, tiros e socos. 



Queria que os créditos fossem meus, mas são da garota que conheci recentemente. Comparação incrível não é? Eu escrevi algo MUITO parecido uma vez. Escrevi quando era feliz, tinha blog famoso, Jeans caros, caixa de SMS cheia. Mas é obvio que esse caiu bem melhor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário