domingo, 26 de junho de 2011

I want to be your hooker.

Jesus Christ. Why things are so hard with us? Take my hand. Just take! I can do anything for you. Just tell me what you need. Tell me! I keep looking for you, in other armsIf you need me, i can run through the universe, looking for his treasure!
My love, my dear, my gift... sou uma pessoa diferente agora. Trabalho tão duro para manter as aparências, mas você conhece quem sou. Me de um sinal, eu quero acreditar em você, matar nossos demônios. Nossos.
Não sei que maldito efeito eu tive em você, mas desde que ouvi sua voz as coisas são fáceis. De novo, a um passo da felicidade. Sorrindo por motivos que nem mesmo sei.
I can not accept that. When i look at you i see something wonderful, indescribable ... I see a princess. My princess. I can make a throne for you, maybe a crown too. Sell ​​me your soul. Can i give my body carved in return. Barter. Can i escape, run, die, just to see you? Yes, i can.
Fuck, listen to me!
Government Hooker - Lady Gaga
I could be girl
(Unless you want to be man)
I could be sex
(Unless you want to hold hands)
I could be anything
I could be everything
I could be mom
(Unless you want to be dad, oh papito)
As long as I'm your hooker

sexta-feira, 24 de junho de 2011

If i have money,

I could buy his soul, easily. Without any regrets.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Minha primeira postagem em tempo real, eu acho. Daqui a pouco estou indo para a casa de uma das minhas amigas, vamos ver o jogo da Libertadores. A verdade é que eu detesto futebol, meus únicos esportes são tênis, rugby e lacrosse. Acabei de matar aula para ir a casa de outra amiga minha, estávamos todas lá, semi nuas, fumando Marlboro e bebendo Heineken, dançando ao som do último CD de Lady Gaga.
Agora, no jogo, irei encontrar a garota que tenho visto. Provavelmente vai ficar comigo em seus braços, ela esta meio doentinha, coitadinha, porque aproveitou a última festa mais do que devia. Mal consegue sair da cama mas irá lá só para me ver. Vai estar vestindo um cardigan preto, com o celular sempre cheio de mensagens em uma das mãos, o maço de cigarros na outra e o olhar carinhoso e fofo que só usa comigo. Irá tirar sarro de mim algumas vezes, porque ela é assim. Também irá dizer "Fuma mesmo, véia" quando eu tossir, ao invés de um "Saúde" sutil. 
Lembra aquilo que disse sobre me entregar, não estar pronta, sexo? Então, acho que vai ser hoje. 



segunda-feira, 20 de junho de 2011

Presente Grego V

(Postagem reformulada no dia 21/06/2011 porque a narrativa estava rasa, sem foco, perdida. Não há nada mais hipócrita do que não escrever com a alma, ou você dá tudo de si, expondo-se a qualquer tipo de critica e má interpretação, ou não ouse cogitar escrever)


Me beijava diferente, com calma. Então afastou os lábios dos meus, a única coisa que podia ver eram suas faces rubras. Acariciava meus braços, olhava para mim como um jovem, concentrado, olharia Guernica de Pablo Picasso em pleno Museu de Arte Moderna de NY. Sentou na cama. Fez alguns rodeios, então disse:
        - Temos que conversar. Não estou gostando de como as coisas estão.
     - Hm - sentei do seu lado, coloquei uma das mãos na sua coxa e ela a retirou, estava querendo admitir um tom sério a nossa conversa.
       - Não sou idiota, vi que tem marcas nos braços e nas coxas e não duvido que tenha em outros lugares também. As vezes sinto que quer me dizer algo, mas não tem coragem pra isso. A verdade é que... que, que, estou gostando de você. Isso é ruim e não costuma acontecer, não sei. Você é muito especial. Tenho medo de que você me machuque. Sei que você é sincera, e quero isso de você! Sua sinceridade.
        - Minha sinceridade?! - olhei em seus olhos, pensei algumas vezes, não queria machuca-la - Não posso amar você, estou amando outra pessoa, já algum tempo, esses sentimento não irão mudar tão cedo. Gosto de como as coisas estão, não temos responsabilidades nem dramas. Nunca irei te machucar, sempre honro minha palavra. 
        - Mas quero você pra mim, parece que você não gosta de mim, não esta nem ai. Pareço a idiota bobona da história - ela disse enquanto acendia um cigarro, mas eu rapidamente o tirei da sua mão - Minhas amigas falaram que você vai me machucar.
        - Estou te oferecendo o máximo que posso dar. Não ofereço meu coração porque ele não é nem meu. Mas ofereço meu afeto, minha atenção, meu tempo, minha liberdade, meu sangue, meu corpo, minha sinceridade. Se tudo isso não for suficiente cada uma deve seguir seu caminho. Vamos com calma, ver como as coisas andam. Me conheço, e quando amo alguém atropelo as coisas, me entrego de uma vez, não quero que você faça isso para mim, só quero conversar sobre isso uma vez, hoje. Quanto aos meus machucados... eu não te digo para parar de fumar, então não ache que é dona da minha vida, não me corto mais, mas se um dia quiser voltar a fazê-lo eu irei e sua opinião não mudará isso.
      - Então você se corta? Mas porque? Você é linda, tem quem quiser, é inteligente, não precisa fazer isso, você...
         - O que eu acabei de dizer, porra? Não vou falar sobre isso. - disse murmurando, interrompendo o que ela dizia. 
Beijou minhas mãos, como um pedido de desculpa, em seguida meus lábios, as mãos na minha cintura, logo já havia tirado minhas roupas. Não transamos porque o clima não estava favorável, não tínhamos tempo e nossos amigos estavam do outro lado da porta a alguns metros de distancia. Sexo nos traz sensações indescritíveis, que mexem conosco e criam a ilusão no nosso pensamento, por mais sensato que ele seja. Não quero isso entre nós. E pode parecer estúpido, mas ainda não estou pronta para me entregar a alguém. 

Waiting Forever.

Vem confundindo minha cabeça. Não entende, não posso passar por tudo isso. Liguei duas vezes. Sim, duas. Porque a primeira tocou até cair na caixa postal, e eu pensei inocentemente: "Pode não estar perto do telefone, vou tentar de novo". A segunda chamou poucas vezes e foi brutalmente direcionada a caixa postal. Foi suficiente. Tentei ser paciente, na verdade fiquei seriamente preocupada nos primeiros dias, pensei que algo pudesse ter acontecido. Como sou idiota, estava agindo como se não a conhecesse.
Não pode fazer idéia de como fiquei chateada da última vez que isso aconteceu, foi difícil. Mas agora, as coisas foram diferentes. Tudo muito simples, fácil de aceitar. Talvez, porque desta vez eu sabia que ela era capaz de me amar. Hm, e também não havia expectativas.
Sabe onde estou, o que sinto e como estou. Basta usar o telefone. Estou esperando, aliás, eternamente esperando, infelizmente.


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Presente Grego IV

Nunca achei que existia gosto tão bom. Se desfez em minhas mãos, segurava os gemidos o máximo que podia e os despejava em forma de suspiros que vinham como um hálito quente contra meu ouvido. Chupava meus dedos que tinham seu gosto e me beijava em seguida. Eu tirava meus dedos de dentro dela só para ouvi-la pedindo para não parar enquanto os forçava para dentro de novo. Apertava minha coxa cada vez mais forte, incansavelmente.
Eu tão complexa, doente e problemática se apaixonando assim? Ah, não! Ela me faz sentir simples, só mais uma garota comum apaixonada por outra garota comum, nada de conversas sobre anti depressivos e psiquiatras. 
Me convida para as house party que organiza, diz querer me exibir para os amigos. Amigos estes que já foram do meu ciclo de convivência, que deixei para trás. Então ela me diz quem fez ménage à trois com quem nas suas festas enquanto fuma mais um cigarro como nem mesmo Chuck Bass faria.
Acho que irei vê-la muito esse final de semana, todos esses eventos festivos de high school são profundamente abençoados para mim. Ela vem fazendo qualquer negócio para me ver. Seus amigos estão boquiabertos, deixa-la apaixonada é quase impossível, bom pelo menos é o que dizem.
Profundamente sincera, assim como eu. Não esconde o jogo. Agradeço, porque estou cansada de dramas e complicações. Ela esta apaixonada por mim e isso é a única coisa que importa, com quem ela fica, o que ela bebe e fuma, aonde vai... nada disso é problema meu.
Quando ela me tocava, foi diferente. Ultimamente eu ficava com as garotas porque me fazia mal, me sentir como lixo. Com ela é sexo. É bom estar com alguém que não te deixa doente, apenas faz bem. Não traz preocupações, só alegria. As pessoas estão enganadas, dizem que um relacionamento de verdade tem altos e baixos, na verdade mais baixos do que altos, quando a realidade é que não existe nada melhor do que apenas pensar em seu amor de um jeito bom, sem neuras, brigas, medo. Um dia, depois de fazer amor, iremos acabar conversando sobre meus problemas, lógico, mas isso logo será esquecido para transarmos de novo.
Não a quero apenas para mim, isso seria ruim. Quando olho o jeito que me trata, beijando minhas mãos e olhando nos meus olhos, me sinto rica. Ela poderia ter qualquer garota, acredite, qualquer uma sem precisar de romantismo. Mas prefere voltar para mim e me mandar mensagens todas as manhas, mesmo depois de experimentar outros cheiros e sabores. Meus amigos falaram que já estava falando em quando me pediria em namoro, não achei precipitado porque entendo o jeito dela, nunca se apega a ninguém, então não quer me deixar escapar. Ja dei um jeito de deixar claro entre uma conversa e outra que não irei namorar ninguém durante os próximos dois anos. Não importa quem seja. Ficou chateada.


terça-feira, 14 de junho de 2011

Presente Grego III

Esta invadindo meu coração. Não sei o que fazer, quero evitar tudo isso. Não agüento mais a saudade do seu cheiro. Tudo isso é insano. Acabei de conhece-la. Ja senti isso uma vez e todos viram como quebrei a cara. 
Perdida. Completamente desorientada. Ja que estou assim, decidi deixa-la me guiar.

sábado, 11 de junho de 2011

Im my Head.

Estou obcecada por Longboard. É simplesmente, lindo. Acho que pedirei um de aniversario, apesar de ter certeza que não usarei nenhuma vez, nem saio de casa.

Ojeriza.

Seu colo. Espero com anseio. Seu toque suave. Tento produzir a imagem em minha cabeça, mas é impossível prever os sentimentos que irão tomar conta de nós. Posso sentir ojeriza, amor, vergonha, sorrir e até mesmo chorar em seus braços.
Me disse que milagres não existiam, lembro bem deste dia. Mas, não consigo ver tudo isso de outra forma. Se pudesse escolher não seria assim, mas as coisas vem tomando um rumo próprio. Ousaria até dizer intervenção divina.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Presente Grego II

Não a recusei. Me mandou tantas mensagens carinhosas e de duplo sentido, não pude resistir. Quando a encontrei esperava uma pegadora, meio insensivel. Não é do tipo acostumada a fazer esses programas românticos, cinema e beijos molhados. Organiza algumas festas famosas, estala os dedos e fica com quem bem entender. 
Sentamos nas ultimas cadeiras da sala, estava vazia, fomos as primeiras a entrar. Ouvíamos Florence And The Machine em seu celular, nos olhamos, coloquei seu cabelo atrás da orelha, beijei seus lábios. Fiquei meio sem graça, bochechas vermelhas, sorriso bobo. Então ela só soube dizer o quanto me achava linda e me beijar de novo, as luzes do cinema se apagaram. Nossas mãos ganharam liberdade, foram pelos seios, coxas, sexo. Quando nos cansávamos, ou parávamos porque estávamos ficando fora de controle, ela me surpreendia. Encostava sua cabeça no meu ombro, me dava beijos carinhosos no rosto, pescoço, nariz. Mas não demorava para voltar a me satisfazer. Brincamos uma com a outra. Vinha me beijar e ao invés de corresponder eu sorria e vinha cada vez mais para trás, até se cansar me tomando com força. 
Aquela voz, o corte de cabelo moderno, o encantamento. Tudo me levou a não tira-la da cabeça. Ao sairmos do cinema pediu para me sentar e simplesmente amarrou meu tênis, beijou minhas mãos. Perguntou quando nos veríamos de novo e me fiz de difícil. 
Não estou apaixonada, muito menos irei ama-la, mas sabe quando você conhece uma pessoa especial e a quer por perto? Sinto que vamos ficar por muito tempo, talvez até alguns anos. Ela me adorou, insistiu que desse um jeito de me comunicar e antes de ir embora me deu um abraço apertado e beijou meu rosto com imenso cuidado, disse que queria beijar meus lábios mas a ocasião não permitia. 

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Não me despedi.

Meu amor. Você estava lá, frágil. Segurava forte em meu braço quando queria se locomover. Me pregava peças do melhor jeito que sua condição permitia. Oh, meu Deus! Mais de um ano.
Me chamou discretamente, perguntou se estava incomodando e lógico que respondi que não. Pediu ajuda para tomar banho. Meus olhos, pobres olhos, se encheram de lágrimas, mas não devia chorar na sua frente. Logo você, orgulhosa, pedindo ajuda para o banho.
Não podia negar seu pedido. Fui forte como sei que seria por mim. A levei até o banheiro, segurei suas mãos e tirei seu pijama. Suas cicatrizes, apesar de virem da cirurgia, estava mais do que óbvio que pareciam cicatrizes de guerra. Anestesia, jovens médicos, câncer. Cortaram seu pulmão, o esquerdo. 
Quase caiu, se agarrou em mim. Suplicou: "Não me deixe cair". Sentou na cadeira, liguei o chuveiro e ajustei na temperatura correta. Coloquei a água em suas costas e me olhou, hesitou duas vezes, coisa que também faço e disse:
       - Sabe, estou feliz por estar viva, ter vocês que me amam tanto ao meu lado - seus olhos transbordaram - mas... não suporto mais tanta dor.
Nunca a ouvi reclamar de nada, em toda minha vida. Mas o fez desta vez. O banho não demorou, pois não arriscaria pegar uma pneumonia. Se enrolou na toalha, com minha ajuda. Me abraçou e se vestiu com uma dificuldade imensa. Seu cheiro ainda era mesmo de dez anos atrás, seus cabelos agora caiam e seu corpo pesava apenas quarenta e nove quilos. Desta vez eu cuidava de você, retribuindo os anos que cuidou de mim.
Fiquei meses sem me olhar no espelho depois que você partiu, todos dizem como sou parecida com você. Mesmos olhos, cabelos, sorriso, orgulho, prepotência, honestidade. Foste a melhor coisa que me aconteceu. 
Lembro de quando escondia seus chinelos, dizia que só os devolveria quando me contasse uma de suas histórias. Você sempre sabia onde eles estavam, mas não se importava. Contava as histórias mesmo assim. Depois no almoço cozinhava duas dúzias de ovos de codorna, comíamos todos eles. Sozinhas. Vivemos nesse mundo durante dois anos. Tudo que sou hoje é você. 
Quero você aqui comigo, beijar seu rosto marcado pelo tempo, segurar em suas mãos delicadas, sentar em seu colo. Vovó, quero dizer o quanto te amo. 
Não acredito que tenha ido para um lugar melhor, muito menos que esteja me observando lá de cima. Mas sei que esta aqui dentro, no meu coração, também sei que nunca irá sair. Pois não há outro lugar no mundo que possa lhe acolher com o luxo que merece. 

domingo, 5 de junho de 2011

Cresceu, como eu.

Ela virou uma mulher. Assim como eu. Sem tom de voz não é o mesmo, suas palavras são mais sábias. Ambas falamos menos, mas do pouco que se fala tudo se aproveita.
Tinha medo de encontra-la. Porque poderia dar de cara com a garota que me machucou, repetidamente. Sempre acreditei ,no fundo de toda minha honestidade e sinceridade que aquela garota que feriu meu coração não existia, era uma sombra de algo, como uma tempestade que um dia iria passar. Sombra esta enorme que a cobria, a fazia refém e dilacerava a boa pessoa que eu acreditava que fosse.
Me disseram que essa boa pessoa não existia. Que passaria vivendo na ilusão, eu e essa "boa pessoa", uma imaginação, projeção da minha mente que já não era julgada como lúcida. Estavam enganados, todos eles. Sempre enxerguei você. O mais fundo do seu coração, sua mente, suas mãos.
As vezes quando vejo minhas fotos de um ano atrás, me desfaço. Meu Deus, como era uma criança, todos nós, olhe só, crianças para todos os lados. Eles continuam sendo crianças, todos eles, por pura hipocrisia. Mas nós crescemos, minha querida. Na nossa dor, mísera dor.
Dor essa que não é mais útil. Que pode ser descartada e substituída por uma maré de novos sentimentos que trazemos. Jogada fora como algo que não pode ser reaproveitado, que os porcos mais famintos não podem comer, nem mesmo os vermes desejam deliciar. 


Quem diria? Por favor! Me diga! Quem diria? Eu suplico! Bom, eu diria...

Coragem.

Hoje foi minha primeira noite sem pesadelos. Apenas fechei meus olhos pela noite, e os abri pela manhã como se nada houvesse acontecido. Fiquei encarando o teto. Pensando porque Diabos aquilo teria acontecido, então eu sorri. Sim, sorri. Como aquelas pessoas famosas fazem sem motivo aparente.
Levantei, coloquei meus sapatos e fui até meu guarda roupa. Peguei minha Caixa de Pandora, é apenas uma pequena caixa de alumínio, daquelas onde vem balas que custam uma fortuna, guardava minhas lâminas, minha maconha e meus remédios perigosos ali. Olhei, pensei: "Mas eu ainda nem tive a chance de usar essas". Então disse em voz alta:
        - Você não vai precisar delas. 
Coloquei uma blusa de frio qualquer e desci para o reservatório de lixo do condomínio. Tinha tantos lixos coloridos, e eu pensava se aquilo era reciclável. Lógico que não. Mas que cabeça a minha. Tinha que jogar ali, não poderia correr o risco de me arrepender e pegar de novo no lixo de casa. Abri novamente, dei mais uma olhada, cruzei os braços. Tirei uma das lâminas e coloquei no bolso do meu pijama, a guardei. Joguei a caixa fora. Sai dali rapidamente e entrei no elevador. Senti aquilo gelado e cruel no meu bolso. Fiz a porta do elevador se abrir, voltei para lá em passos apressados e joguei a ultima lâmina que havia guardado. Murmurei algumas coisas sem sentido. Senti o vento gelado que vinha contra meu rosto levando minhas angustias. 
Pensei por um instante que não sabia o nome do que teria me feito fazer aquilo. Mas a lucidez voltou a minha mente e tinha certeza que sabia o nome, sobrenome, endereço, traços, cheiro e até mesmo telefone.

Minha Vida I

A verdade é que quero ser muito feliz. Trabalhar no que gosto, ser bem paga por isso e ter alguém ao meu lado. Mas quem realmente quero ser é algo que não me sai da cabeça.
Quero ser a garota que ao invés de tirar férias e levar a namorada a Paris duas vezes ao ano, vai fazer trabalho voluntário na Guiné Equatorial. Planta seus próprios vegetais orgânicos na sacada do apartamento.  Se envolve com movimentos sociais. Conhece seu próprio país, todas as sua limitações e sua beleza antes de conhecer NY e Disney. Dedica no mínimo 15% da sua renda para algum órgão responsável por idosos que não recebem a atenção que merecem da família. Participa do Greenpeace e sempre se envolve nas manifestações que considera concretas. Ao precisar do serviço de Office Boy no escritório liga para a empresa que usa bicicletas ao invés de motos. Honra sua palavra. Ajuda as pessoas porque acredita que é o certo a se fazer, não para ganhar status social ou se sentir menos culpada. Faz reciclagem e não consome desenfreadamente. Trabalha em época de eleição na campanha eleitoral do político em que acredita, porque nunca vai abrir mão da sua adorada democracia. Usa bicicleta sempre que é possível. E depois de tudo isso ainda consegue fazer amor com a sua namorada e educar seus filhos.
Acredito que é tão simples e fácil mudar o mundo. Não entendo porque o governo acredita que é tão difícil. e tenta nos fazer acreditar nisso também.  Transformar o rumo do planeta é um decisão tomada todos os dias ao acordar, uma decisão tão simples como escolher entre geléia de morango ou amora. Precisamos acreditar nisso. Porque se nós que estamos aqui, agora, com as oportunidades certas não acreditamos... não haverá outros para acreditar.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Rolling In The Deep.

"The scars of your love remind me of us
They keep me thinking that we almost had it all
The scars of your love they leave me breathless
I can't help feeling"

Make your way

Não iria falar com ela, mas minhas amigas me obrigaram. Ao nos encontrarmos no intervalo perguntei se ela queria ir a Biblioteca, fez que não e disse sim. Sentamos, conversamos meia dúzia de coisas fúteis e perguntei se ela iria almoçar comigo. Disse não, repetidamente. Me irritei.
        - Você é muito covarde - tentei mexer nos seus cabelos, mas ela se afastou.
A uma semana atrás ela estava me abraçando por trás no meio de todos e conversando com meus amigos, agora fingia desinteresse.
        - Eu sabia que tudo isso iria acontecer. Mas eu esperava sua dignidade. Existe uma coisa que se chama comunicação, eu sou muito boa nisso, mas infelizmente você não. Sabe o que uma comunicação ruim gera? Falsidade, engano, erros, falta de caráter, falsas aparências. Provavelmente pensa que estou afim de bancar sua namoradinha, é isso não seria de total ruim, mas a verdade é que estou de babá. Cuidando de você, conversando, ouvindo seus pensamentos sórdidos. Faça suas escolhas. Você precisa de mim muito mais mais do que eu de você. Agüentei por muito tempo sua bipolaridade que vinha carregada de falta de educação, mas chega. Tenho outras opções, muitas delas, tem garotas que fariam qualquer coisa para ficar comigo nesta mesma sala, agora. Vá, corra para seu namorado fracassado, é um favor que você me faz. Mas não volte daqui a duas semanas me dizendo o quanto anda triste, depressiva, se cortando. Seja determinada. Tome suas decisões e abrace as conseqüências.
Depois ao entrar na sala encontrei um caderno que havia lhe dado em cima da minha mesa. Me disseram que ela entrou na sala, deixou lá e saiu. Que falta de classe, todos sabem que não se devolve presentes. 
Geralmente fico triste quando os relacionamentos acabam, mas isso não aconteceu. Talvez seja porque ando tenho um apoio secreto especial, não vou falar sobre ele agora.  
Então hoje ela se sentou bem na frente da porta da minha escola no horário da minha saída, estava óbvio que esperava que fosse falar com ela, pedir ajuda, desculpas. Mas olhei tão rapidamente que nunca ninguém foi tão indiferente para mim. Estou feliz, por não carregar cicatrizes dessa vez. Nós somos o assunto da escola, todos querem saber porque não conversamos mais, nem andamos de gracinha por ai e também porque desviamos os olhares. Esse clima de "High School" está me sufocando. Hoje chegaram algumas cartas de confirmações de vestibulares, me lembraram de como posso estar na UFRJ, PUC, USP ou Campinas daqui a alguns meses, me deixou feliz. Eu sei sou muito ambiciosa, mas a verdade é que não aceito nada menor do que isso. Quero ser grande.

Presente Grego I

Trouxeram essa garota em uma caixa decorada com flores de Monet e laços delicadamente vermelhos. Quero tê-la para mim. Ela é extremamente decida e vive sua vida sem medo dos outros, tudo isso lembra a mim mesma a algum tempo. Estou interessada nela a dois anos, mas fiquei um ano sem coragem e depois quando comecei a me encaixar com seu grupo de amigos veio a paixão desenfreada por outra garota, depois minha vida desabou. 
Ela namorava uma garota ridícula, que já transou com todos meus ex-amigos. Elas terminaram de uma maneira muito feia e agora esta caindo nos meus braços. Linda, popular, ray-ban, ligada em moda... é. Ficar com ela significará muitas coisas. Porque por mais inocente que nossas mãos sejam, nossas pernas se encaixem e as línguas se entrelacem só vai significar uma única coisa para mim: Minha volta para casa, para a pessoa ruim que estava acostumava a ser.
Antes eu só namorava esse tipo de garota, lindas, sempre felizes, vida perfeita, populares, as vezes elas pareciam profundamente vazias mas não era sempre! Depois lá estava eu saindo com as geeks bonitinhas, viciadas em revistas em quadrinhos e eu realmente me afundei nesse novo mundo, nessa nova garota que essas garotas nerds me faziam e fazem ser. Elas tem um poder incrível sobre mim. Me fazem falar mais sobre video games, ouvir mais heavy metal e comprar gibis do Batman. Acredito que esse é o tipo de garota certo para mim, as que não ficam no centro do palco.
Hoje ela passou a manhã me mandando mensagens, falava de como achava meus seios lindos e adorava meus óculos, ela é incrível, tem muita lábia, como também eu tinha. Ri, retribui com algumas obscenidades, disse que não era mais uma das garotas que esta acostumada a pegar por ai nas festanças que organiza. Ela gostou do que disse, sentiu como sou decidida. 
Vou dispensa-la. Quero com todas as forças que me restaram. Do mesmo jeito que meus amigos a trouxeram fácil para mim, eu irei manda-la de volta! Eu sei, não se recusa presentes... mas esse presente vem com muitas conseqüências.
Talvez me arrependa profundamente, como sempre faço.