sexta-feira, 10 de junho de 2011

Presente Grego II

Não a recusei. Me mandou tantas mensagens carinhosas e de duplo sentido, não pude resistir. Quando a encontrei esperava uma pegadora, meio insensivel. Não é do tipo acostumada a fazer esses programas românticos, cinema e beijos molhados. Organiza algumas festas famosas, estala os dedos e fica com quem bem entender. 
Sentamos nas ultimas cadeiras da sala, estava vazia, fomos as primeiras a entrar. Ouvíamos Florence And The Machine em seu celular, nos olhamos, coloquei seu cabelo atrás da orelha, beijei seus lábios. Fiquei meio sem graça, bochechas vermelhas, sorriso bobo. Então ela só soube dizer o quanto me achava linda e me beijar de novo, as luzes do cinema se apagaram. Nossas mãos ganharam liberdade, foram pelos seios, coxas, sexo. Quando nos cansávamos, ou parávamos porque estávamos ficando fora de controle, ela me surpreendia. Encostava sua cabeça no meu ombro, me dava beijos carinhosos no rosto, pescoço, nariz. Mas não demorava para voltar a me satisfazer. Brincamos uma com a outra. Vinha me beijar e ao invés de corresponder eu sorria e vinha cada vez mais para trás, até se cansar me tomando com força. 
Aquela voz, o corte de cabelo moderno, o encantamento. Tudo me levou a não tira-la da cabeça. Ao sairmos do cinema pediu para me sentar e simplesmente amarrou meu tênis, beijou minhas mãos. Perguntou quando nos veríamos de novo e me fiz de difícil. 
Não estou apaixonada, muito menos irei ama-la, mas sabe quando você conhece uma pessoa especial e a quer por perto? Sinto que vamos ficar por muito tempo, talvez até alguns anos. Ela me adorou, insistiu que desse um jeito de me comunicar e antes de ir embora me deu um abraço apertado e beijou meu rosto com imenso cuidado, disse que queria beijar meus lábios mas a ocasião não permitia. 

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