sábado, 30 de abril de 2011

Um pouco de cinema, um pouco de crítica.

Ontem fui ao cinema, sozinha. Queria ter ido ao Belas Artes mas como foi fechado fui obrigada a ir ao Cinemark. Assisti aquele filme novo, "Water for Elephants". Esperava uma completa desgraça, afinal desculpe-me mas até agora Robert Pattinson não liderou nenhuma grande produção que mereça ser assistida. Infelizmente esse jovem ator estragou o filme. Ele não atua bem, seus olhos não carregam expressão alguma e se não fossem as belas pernas de Reese Witherspoon aparecerem entre uma cena e outra teria sido uma imensa perda de tempo. Por conta da falta de presença do ator o que deveria ser um filme sobre um romance entre uma bela artista circense e um veterinário acabou se tornando um filme que da destaque aos maus tratos dados a animais e o temperamento difícil do dono de um circo.
Para completar o filme encerra com uma final tipicamente hollywoodiano. Com isso eu trago mais um dos milhões de motivos para apreciar o cinema francês ao invés de grandes produções encabeçadas por jovens atores inexperientes... são extremamente realistas. Recomendo um filme que vi nos últimos meses e achei incrível "Sister Smile", francês obviamente. 
Quero muito assistir "Red Riding Hood" com a Amanda Seyfried mas ando sem tempo. 
Encerro por aqui, me perdoem fãs de Crepúsculo.



Cubismo.

Recentemente eu encontrei uma garota que me envolvi tempos atras. Eu a achava incrível. Me mataria por ela. Algo estranho aconteceu. Olhei para ela, inclinei a cabeça para um lado... depois para o outro, ela não era nada do que foi um dia. 
Sua pele parecia áspera e de cor estranha, seu cabelo mal cortado, suas roupas velhas e sem nenhum mínimo conhecimento de moda, seus braços que antes eram fortes agora me pareciam gordos. O que mais me impressionou foi o seu rosto, antes eu beijava todas as suas feições, cada leve traço e eu achava tudo lindamente desproporcional, agora tudo me parecia um quadro de Picasso. Linhas sem sentido, desorientadas, puro Cubismo das Vanguardas Européias. Eu senti nojo, essa é a verdade. Eu morri de nojo.  Queria ter apagado meu passado. Aquela garota foi um divisor de águas na minha vida. Eu nunca vou esquece-la e muito menos perdoa-la. Mas talvez, daqui a alguns anos eu olhe para trás e perceba que apesar de toda dor e todo sofrimento inútil ela foi de longe a melhor coisa que aconteceu.
Não devemos pensar que somos imunes ao sofrimento, se você amar pelo menos uma vez em sua vida você será profundamente dilacerado, de dentro para fora, dia após dia. Mas se também nunca amar não terá vivido e muito menos aproveitado a melhor parte que esse estagio que chamamos de vida nos oferece.
Nada é melhor do que ficar vulnerável e continuar assim. Realmente espero que você seja abatido pela desgraça cheia de graça que me abateu.

sábado, 23 de abril de 2011

New Times.

Desculpe-me, mas fazem seis meses que não é possível para de ouvir The Pretty Reckless. Quer dizer, como se a Taylor Momsen não fosse sensual o suficiente para emplacar a banda ela ainda tinha que compor bem e cantar divinamente?! Eu acho que não, mas já que aconteceu não irei me opor.
As letras das musicas são incríveis, e as vezes ao ouvi-las você acha que é super parecido com tudo no cenário Pop Rock já criado antes, mas ao olhar de novo com um pouco menos de hipocrisia você percebe: Holy crap, isso pode ser algo novo.
Taylor Momsen e seus garotos, ou melhor, seus homens trazem novamente o cenário underground em um mundo dominado por exibicionismo, rostinhos bonitos e fama comprada. So open your mind, listen the fucking CD and think "yes, we can… make good music".  Download Here!







terça-feira, 19 de abril de 2011

Ignorância dos Inocentes.

Tantos anos em minha breve vida, nunca pude olhar para o céu e afirmar do fundo de meus pensamentos mais sórdidos e da minha certeza convicta de que senti a felicidade. Quase duas décadas esperando para ser invadida pela bondosa ignorância dos alegres.
Vivendo do ócio e da desgraça, comendo a própria dor e a causando aos outros. Fui para a cama com algumas mulheres, sorri quando bem entendia, me torturei quando pretendia provar que era forte, me cortei quando queria saber se ainda estava viva, sussurrei e escrevi obscenidades, me rebelei contra o sistema, instaurei um novo, morri, ressuscitei. Mas nenhuma dessas coisas me trouxe o que queria. 
Uma vida cercada de aparências, ilusões e expectativas. Onde nunca foi feita a minha própria vontade. Garotas de diversos lugares do mundo adorariam estar no meu lugar, mas só porque ainda não sabem que eu também gostaria de estar no lugar delas. Ainda.

Senhor dos Mortos.

Morte. Nossa sociedade a considera o pior destino para qualquer ser vivo. Usando religião, ignorância, leis e medicina geramos o conceito absurdo de morte, por puro egoísmo e prepotência. Não sabemos o que é a Morte e ao invés de encarar, face to fucking face, passamos dia após dia usando eufemismo para algo inevitável. 
A verdade é que nada pode ser pior do que a vida. O mundo grita para que você se encaixe em um modelo inexistente. Um mundo que oprime de todas as formas possíveis, outdoors, embalagens, bicos de sapatos, formato de folhas, cortes de roupas e design de prédios altos e tão imponentes. Todos querem que viva na bolha, que você viva na bolha. 
Julgando quem pensa diferente o chamamos de louco ou até mesmo pecador - para os mais hipócritas. Eu poderia fazer como Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos. Sim, poderia entrar em uma escola, atirar em 12 crianças, ferir outras 12 e depois matar a mim mesmo, apenas para fazer o mundo acordar e fazê-los perceber que eu sou apenas um fruto dessa sociedade. Sociedade esta que recrimina, pisa, massacra e destrói cada mísero sonho todos os dias. Sociedade esta que recrimina a morte e dificulta a vida. Sociedade esta que não merece ser chamada de sociedade.