domingo, 29 de maio de 2011

Não vou dizer seu nome. Não gosto de como ele soa. Vamos te chamar de F. por hora.
Começo do ano, tentava manter pensamentos positivos e a cabeça no lugar. Afinal, este era meu ano. Preparei minha vida toda para este momento. Saia com essa garota, F. Nunca vou esquecer de como decidi me tornar uma pessoa diferente a partir daquele momento.

Entramos em sua casa, passamos pela sala imensa, bebemos alguma coisa na cozinha, aliás, ela bebeu algo na cozinha. Eu fiquei só com água, meus problemas de saúde me proíbem muitas coisas.
Subimos para o seu quarto, ela segurava minha mão como se segura nas mãos de uma criança ao levá-la  ao parque. Abriu a porta mas assim que entrei a fechou rapidamente.
Foi até seu Ipod, o fixou na porcaria do dock station. Eu estava extremamente desconfortável, mas ela poderia piorar a situação. Escolheu a música Pearl, enquanto tirava a camisa praticamente gritei:
        - Não! Não gosto dessa - menti. 
Ela trocou, colocou algo mais animadinho, aquilo tudo estava me dando nos nervos. Sentou na beira da cama e tirou seus sapatos, em seguida sua camisa. Me chamou e me ajudou com a saia, seus peitos estavam ali, tão evidentes. Detestava seus seios. Eram grandes. Tirou sua calça, minha favorita por sinal, enquanto eu tirava meus sapatos.
Sentei em seu colo, de frente. Não gostava daquela posição. Só a usava com pessoas especiais, ficar daquele jeito queria dizer que não queria mais intimidade, não pertencia mais a mim mesmo, que faria qualquer coisa pela garota entre minhas pernas, e no momento aquilo não era verdade. Me colocou na cama, ficou por cima de mim. Tirou minha meia fina. Mordeu minhas coxas e novamente praticamente gritei:
        - Não! Não me machuque. Não gosto - menti, de novo.
Tirou meu sutiã, brincou com meus seios. Quando descia até minha calcinha eu a puxei para cima de novo. Fiquei por cima dela. Mudei o rumo das coisas. Tirei seu sutiã, deixei marcas enormes em seus seios. Me livrei de sua calcinha e me esforcei ali, durante horas. Três horas.
As vezes lembro como a fazia gemer, gritar, pedir para ser comida. Tudo isso me faz sorrir. 
Não me recordo de quantos orgasmos ela teve. Mas posso dizer que foram muitos. Depois que tudo acabou deitamos uma ao lado da outra. Minha calcinha estava no mesmo lugar. Não a deixei tocar em mim. Descansamos durante alguns minutos, logo ela veio beijar meu pescoço, colocar as mãos onde não queria, então inventei uma desculpa. Sentei na beira da cama. Mexi nos cabelos, tirei o óculos e cocei os olhos. Sorri, muito falsamente.
       - Amor, eu tenho que ir. Ja está tarde. Você sabe como as coisas são complicadas para mim. 
O pior de tudo foi que ela acreditou. Beijou meus lábios, meus ombros, arrumou meu cabelo. 
Estava com um nojo imenso. Meu corpo tinha seu cheiro, meus dedos seu liquido, minhas costas as marcas de suas mãos. 
Coloquei minha camisa sem ao menos me importar com o sutiã. Queria sair dali. Aquela estante com revistas de fofoca, suas bolsas, seu jeito. Tudo me irritava. A meia fina, depois a saia. Logo em seguida os sapatos. Procurei minha bolsa, não achei. Coloquei o óculos novamente e dei de cara com ela, ao lado do notebook. Disse meio melosa:
      - Espere ao menos me vestir, eu desço com você!
      - Não, não precisa! Amor, eu estou atrasada, tenho que ir.
      - Eu insisto.
Levantou, colocou sua calcinha e suas roupas de volta. Enquanto o fazia disse com um sorriso repugnante no rosto:
      - Esse foi o melhor sexo de toda a minha vida.
      - Mas você ainda nem teve muitos.
      - Então esse é o melhor sexo que já tive ou vou ter em toda minha vida. A não ser que você se supere - sorrio de novo, para minha desgraça, beijou meus lábios e foi de novo aos meus seios.
Ao sair quase disse que me amava. Sim, quase, graças ao Bom Deus. Uma semana depois terminei com ela, sumi. Disse que o problema não era ela, era eu. Não sabia até onde isso era verdade. Ela ficou enfurecida. Disse que brinquei com ela. Era verdade! Brinquei com ela.

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