sábado, 14 de maio de 2011

Raquel! Sem eufemismo e hipérbole.

Medo. Estou assistindo você desmoronar. Sentada, escondida, atrás de um monitor, tomando café. Não sei o que fazer. Nem mesmo sei se devo fazer algo. 
Quero te ligar. Dizer "Eu sempre estarei aqui por você", porque depois de um ano ainda parece que sou a única que poderia te entender. Não sei se é correto. Sinceramente... desejei do fundo do meu coração assistir você morrendo. Não é mais o que quero, percebi isso hoje.
É verdade que venho procurando cópias de você, e também é verdade que venho encontrando. Também não vou negar que penso em você, constantemente. Mas, não te amo mais, não do jeito de antes. 
Também, nem tenho como te ligar, joguei suas coisas fora, fui obrigada a fazer. Poderia te mandar uma carta, mas eu não sou mais esse tipo de garota. Não sou mais a garota das cartas, nunca voltarei a ser. 
Bem provável que você não queira ajuda. Mas se um dia você chegar a ler isso nunca esqueça, eu estava aqui por você. Como uma covarde mas estava.
Se você pensar em me procurar não pense que vai ouvir dos meus lábios 'Sua mamãe te amava, ela esta num lugar melhor agora. Não fique triste, tristeza é para os fracos. O que é isso menina, você é tão jovem, tão bonita! Ainda amo você. Não se mate, isso é feio. Não use drogas, respeite seu corpo. deus isso, deus aquilo'. Não! Não! Não! Nenhuma dessas frases, nada parecido. Nunca!
Enfim, eu espero ter feito o certo ao escrever aqui. Realmente quero que você leia. 
As coisas mudaram. Eu mudei. E vão continuar mudando, dia após dia. Jurei nunca mais escrever nada sobre você, e hoje quebrei minha promessa. Infelizmente é só o que venho fazendo: quebrar promessas. 
Você pediu e eu emprestei, meu peito. Onde você já colocou seus lábios, suas mãos, talvez seus sentimentos e agora seus pensamentos. Ele é seu! E quando digo ele é seu quero dizer que pode ser seu cofre, seu cofre de desgraças, de pensamentos que garotas 'choronas' - como você disse - tem. Graças a minha persistência eu mudei. E agora esse cofre não acompanha nenhum julgamento, você melhor do que ninguém sabe que um dia ele era cheio disso: julgamento, hipocrisia, intolerância. Ainda assim não parece ser grande coisa não é mesmo? Simplesmente porque não é, Rachel.

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