segunda-feira, 23 de maio de 2011

Idiotas.

Hoje durante a aula de matemática tive muito tempo para fazer minhas reflexões freqüentes. 
Olha só para mim. Tenho todo esse discurso sobre sociedade, arte, política. Essa dificuldade imensa de me relacionar profundamente com as pessoas. Foco exagerado nos estudos. Jeito alternativo, meio 'bicho grilo' de me vestir. Sou sonhadora, prepotente, orgulhosa - não sei porque disse nada disso.
Enfim, se pudesse escolher... acho que não gostaria de garotas. Acho incrível tudo que pode acontecer entre duas mulheres, as vezes soa como mágica para mim. 
É uma droga, porque sofro por algo que não decidi. Minha primeira historia de amor foi na primeira série. Ainda lembro da garota. O nome era Bruna Elisa. Magra, alta, olhos, azuis, sardas lindas nas bochechas sempre vermelhas, cheiro doce de morango, sorriso bobo, carinhosa. Sua mãe era professora de artes, parecia uma pintura renascentista, toda moderna. Queria ter tido escolha. 
É algo que soa estranho para mim, se eu fosse toda machinho, toda "butch" talvez fosse até mais fácil de compreender. As pessoas ficam dizendo que eu não sou gay, que um dia eu vou encontrar um cara forte, inteligente, alto, bonito e peludo - como todos os homens - e me casar. Idiotas, aposto que vissem o que faço no banheiro com as garotas da minha escola mudariam de opinião - é, isso foi puro exibicionismo.
Todas essas coisas ruins geram as vezes um momento de vitoria. Sexta feira quando fui assistir "Piratas do Caribe" - a pior grande produção do ano, na minha opinião - o garoto que zombava de mim na escola estava a dois passos atras, na fila para comprar o ingresso. Olhei para ele. Cocei os olhos. Olhei de novo. Senti pena dele. Desprezo. Porque depois que tudo aconteceu, percebi que mesmo com todos meus problemas, ainda era uma pessoa melhor. 

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