domingo, 15 de maio de 2011

Realidade.

Acho que não vou ter escolha, vou ter que procurar um psiquiatra. Não acho que preciso de ajuda. Mas se não tenho coragem para morrer, simplesmente não posso continuar vivendo assim. Esse ano é decisivo. Tenho que ser forte, pelos meus sonhos! Ele provavelmente vai me prescrever remédios que me deixem menos infeliz e talvez algumas coisas para eu dormir mais. Afinal, dormir tem sido o maior problema. 365 noites de pesadelos. 
É difícil continuar mantendo seu orgulho, seus desejos, sua motivação. Ontem tive que dizer: "Eu sou uma garota normal, uma menina normal". O que é normalidade no caso? Uma garota não gay. 
Tudo isso poderia acontecer em qualquer outro momento. Menos esse ano! Eu tinha um armário bonito, meio retro, feito de carvalho, com puxadores de ouro. Pretendia sair dele de forma triunfal, como aquelas estrelas de Hollywood, com tapete vermelho, vestindo Gucci e calçando Chanel. Mas infelizmente antes disso alguém me jogou para fora, vestindo apenas pijama e meias, pisando na lama fria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário